
Porque o nome é coisa bonita: “simpatizar” é “sentir ao mesmo tempo”, sofrer junto, viver junto-misturado, fazer do pathos do outro o seu próprio. E, se tem um truque no mundo que adiante para arranjar amor, é amar primeiro. Ou quase-amar, simpatizar e deixar-se “simpatizável”. É guardar cada palavra dita em estojo de veludo, para depois dar o presente do “eu lembrei” (embora convenha jogar as palavras estragadas fora, para não se cair na tentação de lembrá-las também). É escutar com coração infinito, mesmo se rolar desabafo na véspera da entrega do relatório. E olhar infinitamente enquanto se escuta. É vestir a mesma camisa e torcer pro mesmo time – o que não impede o encontro entre botafoguenses e tricolores, por exemplo, já que não estou falando aqui de futebol.
Acontece que essa simpatia requer a mesma fé da outra (a da bananeira ou do papelzinho). Fé não de que aquilo dará certo, mas de que o que se quer é o “certo” a dar. Porque teatralizar simpatias atrás de um “bom partido” não funciona. Simpatia não é trocar de roupa pelo outro: é usar sua melhor roupa pelo outro. Se estiver confortável e inteira em sua própria pele, honesta de querer e sentir, pode crer que Santo Antônio vai ter a maior satisfação de dar uma forcinha. Aliás, não só ele. Coração pra cima, todo santo ajuda.
5 comentários:
Ri muito com os papeizinhos na bacia de água.
O que vale mesmo é ter simpatia e não fazer simpatia.
É bom demais quando a gente encontra uma pessoa que nos olha infinitamente enquanto nos escuta. Felizmente, encontrei esse tesouro e, como não sou bobo, já o guardei na minha caixa-forte.
Ri legal!!! REalmente naum adianta virar o santo de ponta cabeça!uhahuhauh
hahah kkkkkkkkkkk
Inteligente de sua parte... Analogias
Adorei seu blog e seu post do Santo Antônio....
Também espero uma forcinha de todos os santos, se possível, pra eu arrumar um "bom partido".
Tá difícil!!!!
Bjs
Aguardo sua visita!
http://mleedeboanalagoa.blogspot.com/
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