
Desde pequena fico aturdida com ela. Permaneço suspensa naquela redondice brilhante e nos pontinhos das estrelas. Céu estrelado me embevece a ponto de eu caminhar de maneira temerária, prestes a beijar o primeiro poste. Uma boniteza que faz sofrer, porque não quero terminar de olhar e sei que a noite bonita termina. Que pena, que pena que a maioria acha comum uma beleza normal. Porque, claro, ter lua e estrela penduradas no céu é absolutamente normal. Mas achar (qualquer coisa) comum é tirar-se a chance de esbarrar por aí com o extraordinário. Olhos encostados no hábito não veem o extraordinário. Olhos embaçados não se deliciam. Contam com a sorte de (não) ver isso tudo de novo amanhã. Como diriam as chamadas da Globo para a série – olha que nome propício – O astro: será?...
É bom fazer por merecer aquilo de que ainda vamos sentir saudade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário