Hoje é dia de outro mágico – o publicitário. Devo muitão a esses profissionais que transformam uma qualquer-coisa em lembrança e desejo. Devo, aos comerciais, memórias tão enraizadinhas quanto as plantadas por filmes, novelas, séries. Devo, aos jingles, recordações tão musicais quanto as de bandas e trilhas sonoras. Nosso mundinho capitalista tem isso de bom: de tal forma precisa de nós em prontidão de comprar, em ponto de consumir, que nos seduz com preliminares e capricho – o bastante para colocar a propaganda em nosso álbum de afetos.
Anúncios feitos há quase duas décadas dos quais ainda repito palavra por palavra (“Adolfo! Adivinha o que eu comprei! Um aparelho de som!!” – “Heeeeeeein??...” – “Som! Vitrooola!” – “Heeeeeeeeeein??...”). Músicas popíssimas nas quais fui inaugurada entre um bloco e outro de novela (“Nada do que foi será/ de novo do jeito que já foi um dia...”). Mamíferos Parmalat que povoaram o quarto, depois de trocados por uma quantidade alucinante de códigos de barra. Formiguinhas voadoras que nos obrigaram a rir, porquinhos que nos puseram dançando o chá-chá-chá, hits que cantaram a delícia da pipoca na panela, meninos que nos convenceram a salivar pelo brócolis. Slogans que não nos permitiram esquecer nossa Caloi, deixar de comprar Batom, de fazer do leite uma alegria. Lipídios, glicídios, protídios, cálcio, ferro, fósforo, vitamina A, dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial que despertaram o tigre em nós. Ai, que vontade que dava! impossível comer um só depois de um be-a-bá be-e-bé be-i-Bi-otônico Fontoura. Tomou?...
Tomamos, que sede é tudo; obedecemos à nossa sede. E voltamos às aulas menos infelizes, por saber que numa folha qualquer podíamos desenhar um sol amarelo. E voamos nas asas da estrela brasileira, de norte a sul – toda criança tem uma estrela dentro do coração. Não tem, tio? Descobridores dos sete mares, navegar queríamos. Queremos. Era (é) preciso. Mas desses primeiros amores a gente nunca esquece.
Anúncios feitos há quase duas décadas dos quais ainda repito palavra por palavra (“Adolfo! Adivinha o que eu comprei! Um aparelho de som!!” – “Heeeeeeein??...” – “Som! Vitrooola!” – “Heeeeeeeeeein??...”). Músicas popíssimas nas quais fui inaugurada entre um bloco e outro de novela (“Nada do que foi será/ de novo do jeito que já foi um dia...”). Mamíferos Parmalat que povoaram o quarto, depois de trocados por uma quantidade alucinante de códigos de barra. Formiguinhas voadoras que nos obrigaram a rir, porquinhos que nos puseram dançando o chá-chá-chá, hits que cantaram a delícia da pipoca na panela, meninos que nos convenceram a salivar pelo brócolis. Slogans que não nos permitiram esquecer nossa Caloi, deixar de comprar Batom, de fazer do leite uma alegria. Lipídios, glicídios, protídios, cálcio, ferro, fósforo, vitamina A, dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial que despertaram o tigre em nós. Ai, que vontade que dava! impossível comer um só depois de um be-a-bá be-e-bé be-i-Bi-otônico Fontoura. Tomou?...
Tomamos, que sede é tudo; obedecemos à nossa sede. E voltamos às aulas menos infelizes, por saber que numa folha qualquer podíamos desenhar um sol amarelo. E voamos nas asas da estrela brasileira, de norte a sul – toda criança tem uma estrela dentro do coração. Não tem, tio? Descobridores dos sete mares, navegar queríamos. Queremos. Era (é) preciso. Mas desses primeiros amores a gente nunca esquece.
(Quero ver você não chorar.)
2 comentários:
nossa! recordei muita coisa ao ler este post! as propagandas inesquecíveis da minha infância. Aquelas que pareciam chatas por interromper a programação, mas que não sairam da minha memória.
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Abraços! te espero no meu
blogestarcomvoce.blogspot.com
eu lembro da parmalat!
bjus
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