Isso é coisa que todo mundo deve ter. Pelo menos uma, pelo menos uma vez. Não precisa ser grandiosa – Paris, Londres, ilhas gregas –, não precisa ser “descobricionista” – Índia, Tailândia, Patagônia. Basta ter sido sua, basta você ter estado lá inteiro. Férias numa fazendinha de Mendes, lua de mel em Itatiaia, casa da avó em Seropédica, escapadinha para Caxambu, show de rock em São Paulo, vale até veraneio na Barra da Tijuca. Um dia, um finde, semana ou duas. Interessa é você guardá-la como espaço que foi infinito em espaço infinito de tempo.
Eu, por exemplo. Tive a ventura, nunca suficientemente agradecida, de 17 ou 18 dias em terras de Mickey, sonho de que não se acorda nem com beijo de príncipe ou britadeira sob a janela, ou ambos. Cinco anos depois, o mesmo gosto de cloro e canela (cheiros de Orlando) na pontinha da língua. Mas quatro dias em Cabo Frio, logo ali ao dobrar a esquina, também trouxeram o paraíso de Sedex. Que o coração não mede a felicidade em quilômetros, folhinhas, nem está a par dos cifrões de real ou dólar. Real, para ele, é o mar salgado e frio finalmente aceito como amigo, tão amigo, tão delicioso como os fogos do Wishes no Magic Kingdom. E na verdade é isso: viagem da vida precisa ter fogos de artifício. Independentemente do fora. No dentro.
Para quê? Porque a saudade feliz ilumina o hoje. Quem você foi de mais feliz, onde quer que tenha sido, era você de verdade. Cada viagem perfeita que recordamos é um relicário de nós mesmos, afastados de toda a poluição. Viajamos não para curtir e voltar pra casa. Viajamos para conhecer, fora de casa, um eu para quem devemos voltar.
Eu, por exemplo. Tive a ventura, nunca suficientemente agradecida, de 17 ou 18 dias em terras de Mickey, sonho de que não se acorda nem com beijo de príncipe ou britadeira sob a janela, ou ambos. Cinco anos depois, o mesmo gosto de cloro e canela (cheiros de Orlando) na pontinha da língua. Mas quatro dias em Cabo Frio, logo ali ao dobrar a esquina, também trouxeram o paraíso de Sedex. Que o coração não mede a felicidade em quilômetros, folhinhas, nem está a par dos cifrões de real ou dólar. Real, para ele, é o mar salgado e frio finalmente aceito como amigo, tão amigo, tão delicioso como os fogos do Wishes no Magic Kingdom. E na verdade é isso: viagem da vida precisa ter fogos de artifício. Independentemente do fora. No dentro.
Para quê? Porque a saudade feliz ilumina o hoje. Quem você foi de mais feliz, onde quer que tenha sido, era você de verdade. Cada viagem perfeita que recordamos é um relicário de nós mesmos, afastados de toda a poluição. Viajamos não para curtir e voltar pra casa. Viajamos para conhecer, fora de casa, um eu para quem devemos voltar.
7 comentários:
nossa!vc faz autos comentários bons lá no meu blog e vim aqui agradecer....e dizer que o seu blog está lindo só falta colocar um papel de parede mais criativo!
Parece coincidência, no meu blog eu falei sobre São Francisco de Paula - RS. E foi a minha viagem de sonho como você tão bem descreveu aqui.
http://olhareseleituras.blogspot.com/
Estou com projetos de uma boa viagem pelo nordeste...viajar revigora e nos enriquece culturamente.
Legal teu blog, visitarei sempre!
Abraços.
http://instintosdeloba.blogspot.com/
Parabéns pelo blog! Beijosss
Quem gosta de poemas e pensamentos:
http://angelmartinss.blogspot.com/
De fato, nas boas viagens somos nós como nunca, ou como deveríamos ser sempre. Em Orlando, fui o Fábio de 26 anos na máxima potência.
Muito lindo tudo. Visite também.
http://elizangelalopes.blogspot.com/
Oi, eu passei aqui e vim dizer que adorei seu blog, percebi que você escreve maravilhosamente bem, de uma forma que faz a gente sonhar, cada jogo de palavras seu parece uma poesia, um poema, adorei muito ^^.
Atenciosamente: J.S.L
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