sábado, 12 de fevereiro de 2022

Juro que existe


um torneio de remo alemão, na cidade de Fambach, em que os barcos são abóboras gigantes.

um costume, na Espanha, de as crianças deixarem seus dentitos de leite para o Raton(cito) Pérez, que sai de sua caixa de biscoitos – onde mora com a crush, La Ratita Presumida – para se apossar da prenda e retribuir com um presente.

um animal marinho (a moreia-fita) capaz de mudar de sexo várias vezes em sua úmida existência.

uma lei antigaça em Milão que força os cidadãos a sorrirem o tempo todo.

e uma lei na França que proíbe que se batize um porquinho de Napoleão.

(por falar nisso, existe uma impossibilidade física de os porquitos olharem para o céu.)

um crustáceo PELUDO chamado caranguejo-yeti, que vive a mais de 2 mil metros de escuridão e profundeza.

um livro cujo título contém 670 palavras. Fineza não me perguntarem qual.

uma determinação natural de as formigas caírem para a direita quando são intoxicadas – o que considero uma dica biológica redondíssima.

uma fobia específica que consiste no medo de estar sendo observado por um pato.

um método empregado por algumas empresas japonesas para infernizar tanto tanto tanto a vida dos funcionários indesejados que eles mesmos acabam se demitindo (perdendo, assim, os benefícios que conservariam se o empregador os defenestrasse). Eis a safadeza: mandam-se os empregados que estão na mira para as oidashibeyas, ou "salas de banimento"/"salas de expulsão", onde são obrigados a fazer apenas tarefas horrivelmente maçantes e inúteis. Relegados a essa humilhação por semanas, meses, os infelizes enfim cometem o harakiri financeiro que é do gosto dos patrões.

gente estocolmizada que ainda acredita que no capitalismo há alegres exceções.

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