sábado, 15 de janeiro de 2022

Coisas realmente irritantes (musical edition)


Gente que "anuncia" a letra da música verso por verso.

Gente que grava novas versões de seu clássico, mas não deposita as pausas nem lança as palavras como há 32 anos estamos acostumados a fazer.

Gente que estica os termos 837 vezes mais que o necessário.

Gente que solta a voz com sofrimento tal que, mui preferencialmente a um microfone, pediria um antialérgico ou um Buscopan.

Lentidão excessiva no ritmo, ou desritmização quase completa – a ponto de a melodia deixar de ser reconhecível.

Mudanças sapecadas nas canções durante realities, a ponto de a melodia deixar de ser reconhecível.

Escolha sempre dos meeeeeeeeeesmos títulos nesses realities.

Gritos, gritos, gritos. The-voicização da música, como se só a histeria do estilo americano carimbasse um bom vocal.

Pagodização de qualquer obra.

Solo de guitarra.

Heavy metal.

Musicais em que não se consegue perguntar café ou chá, senhor sem ser cantando.

Gravação de faixas para o público infantil com vozes de crianças de quatro meses (quatro meses de gravidez).

Dublagem de canções em filmes. Já não era tempo, gente, de isso estar tipificado na Constituição?

Uso do "não" e do aumentativo como muletas de métrica e rima em musiquinhas infantis.

Fones de ouvido que ou não fixam nos buraquinhos da orelha, ou esmagam o crânio como apetrechos de Jigsaw.

Transformação da tonicidade das palavras A SANGUE-FRIO.

Vizinho assassinando, também a sangue-frio, um meeeeeee and Mrs... Mrs. Joooooooooones... Mrs. Joooooooooooones!... (música a que já dedico meu ódio mais recôndito nas CNTP).

Ruma de agroboy cantando basicamente que: baladei, bebi, beijei.

Temas e jingles viciantes, que assentam na memória desconvidados.

Compassos (históricos) atrasados.

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