domingo, 9 de janeiro de 2022

Poemalíndromo


Tive no Twitter a experiência linda, linda de ler um poema inteiramente palindromado – presente do perfil @OPalindromista, um gênio não preciso dizer do quê –, e aqui reproduzo, porque uns achados tais não devem ficar abafados na gaveta; é "Viagem" o título: "Ave laica, maré breve/ Ramos, aula e ácido/ Mera maresia// Cai do leme/ Melodia// Cais// Era maré módica/ E a lua soma/ Reverbera/ Macia/ Leva". Sim, podem conferir: as mesmelelessíssimas letras com o texto lido num sentido ou no outro, o que é mais árduo de fazer que de imaginar. Eu de curiosa quis brincar também, e já peço mil perdões chão-beijados pelo primitivismo da tentativa, mas seja válido o recreiozito (de rudimentar que é, nem consigo dar nome a esta bobagem palíndroma):

Roma. O dia
será seco
será meu.

Ecoa
"ó!" dum ai;

ia mudo
ao céu e mares.

Ó, césares:
ai do amor.

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