sábado, 25 de dezembro de 2021

Natal parece


Laço aurirrubro. Canela. Vaso na janela. A letra de "Aquarela". Loja de brinquedo, vinhedo, livro de capa dura. Fim de formatura, lançamento de capelo. Capela. Pintura em panela. Rosa no cabelo.

Biblioteca, casa de boneca, vaso de suculenta, gente sardenta. Chocolate com pimenta. Suco e panqueca. Caixinha de música, relógio cuco, decoração francesa. Festa surpresa. Framboesa e menta.

Dança do folclore; West side story; musical da MGM; meme redondinho. O canto roupa-novo do Serginho. Pinha, pinhão, pinheiro; refogado brasileiro; balé sapateado. Bordado. O amor ao lado – o dia inteiro.

Pipoca, paçoca, pão de mel, toucinho do céu, lanterna de papel, renda no véu, bolo de mandioca. Doce de maçã; avelã; croissant; gotinhas na vidraça; nozes na massa. Magentas da manhã.

Igreja que bate o sino, grupo peregrino. Ícone bizantino. Chuva de fim de tarde; remédio que não arde; broa de milho, biscoito de polvilho. Crepúsculo sem alarde, manso, felino – e o luar seu filho.

Colares, purpurinas, trilhas nas colinas, bailarinas (dançando o Quebra-nozes), veludosas vozes cantando em coro; inícios de namoro; indícios de melhora; morango, mirtilo, amora, ave canora, xadrez escarlate. Mais chocolate, menos demora.

Buganvília rosa-choque, qualquer berloque, qualquer guirlanda; flores na varanda. Ruas da Holanda. Enfeites de feltro. Papel de parede – não neutro. Salada de quinoa, passeio de canoa, garoa nas raízes.

Todas as coisas felizes.

Nenhum comentário: