quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Piluleatórias


Toda palavra com ê parece que traz sabor de pêssego, essa fruta de gosto circunflexo.

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Quem nunca arou um contexto só pra plantar sementinhas de assunto obsessivo?

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O bom dos Beatles, fora o fato de serem os Beatles, é que todo e qualquer documentário e toda ficção sobre o beatleverso tem título garantido entre suas músicas, dando-se o realizador apenas à trabalheira de escolher: Across the universe, Get back, Yesterday, Eight days a week, yeahtcéteras.

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E o problema (entre mil) das cinebiografias é que a gente não vê o biografado, a gente vê aquele-ator-que-nossa-como-ficou-idêntico-a-Fulano.

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Âmbar, essa estátua de honra ao mel.

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O ventinho de pós-tarde é um suspiro trocado entre Lua e Sol.

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O silêncio desce sobre a madrugada feito nevoeiro – e nesse caso não tenho pressa de rever nenhum azul.

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Acho engraçada a ideia de os anglospeakers dizerem "let it snow", como se sua vaidade cultural lhes sugerisse que poderiam impedir.

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Poucas coisas são tão lindas quanto orvalho goticulado decorando teias para o Natal.

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Quem criticou minha xará por entrar na ABL nunca sentiu o perfume de bolo assante às quintas-feiras que aquilo tem (a ABL tem, não minha xará). Madonna mia.

Fernandas gostam é desse tipo de academia.

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