quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Não entendo a existência de


rabanadas recheadas (, se a versão irrecheada é perfeitamente exemplar e intocável).

barba usada sem bigode.

caixinhas específicas para bananas.

mais cópias dubladas para filmes que os fãs CLARAMENTE desejam ver legendados, sem possível negociação.

norte-americanos – sobre os quais se fazem dúzias de programas estranhíssimos – decididos a largar tudo e morar em muquifos congelantes no Alasca, com direito a necessidades feitas quase que entre ursos, dentro (?) de casinhas externas de madeira nada abrigadas de temperaturas amoravelmente inferiores a zero.

gente que desdenha presente recebido. Oxe, se não quer pode tacar aqui na mamãe; serventia tem.

gente que joga LIVROS fora. LIVROS.

hotel com porta de banheiro transparente. Se porta, por que transparente? Se transparente, por que porta?

tatuagem com nome de pai, mãe, filho. Pessoas, sou carioca: informação pessoal de mais à flor da pele é, para mim, temeridade – além do que não compreendo a lógica de gravar em si mesmo o desinteressante literal, em vez do elegante simbólico.

pessoas que julgam ter tupperwares em excesso.

pessoas que não gostam de viajar. Certo, odiar fazer mala eu megaentendo; é das piores atividades de nossa espécie, espero que resolvível com o correr da evolução. Mas (uma vez montada a bagagem capirota) não ter prazer em desbravar lugares? colecionar achados? descobrir cantinhos, lojas, paisagens, parques, restaurantes? Olha: foge tão mais de nós quanto mais nós nos atam, historicamente, à fome da itinerância.

(Pasmo, sobretudo, que existam uns chãos de firmeza durante nossa inconstância.)

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