terça-feira, 27 de julho de 2021

Microssatisfações

As voltinhas virando um Vzinho de "check" naquele quadradito "Eu não sou um robô".

As quatro luzitas de cores diferentes virando a janela-símbolo, na abertura do Windows 7.

Fronhas avulsas casando integralmente com o lençol.

Bonequinhos fofos (e demais interessâncias) que aparecem ao fundo das lives caseiras.

Notas de loja, mercado etc. que NÃO vêm com CPF ou dados afins a serem milimetricamente rasgados.

Comerciais de alguns segundos na TV.

Comerciais de NENHUNS segundos no YouTube.

A (sub)matrioska menorzita.

O cavalinho que é mascote do Fantástico nas Olimpíadas e foi batizado de POCOTÓQUIO.

A elefantinha azul pestanuda que é mascote de uma marca de toalhas de papel.

(Toalhas de papel, aliás, que de fato secam alguma coisa, em vez de empurrar o líquido ôôôôôunnnn pra lá, ôôôôôôunnnn pra cá.)

As bochechas vermelhinhas das calopsitas.

O perfume que se hospeda nas mãos depois de elas (as mãos, não as calopsitas) lavarem roupa.

A escolha da identidade visual de cada atividade postada no Google Classroom.

O achamento de um nome perfeitamente escalafobético para usar em exercícios.

O instante de arriar no chão de casa as bolsas que vinham cortando, pesadonas, braços e ombros.

Shampoos que se ajustam redondo aos cabelos.

Ventos de tarde de verão.

Balinhas de restaurante.

Bilhetes.

Todas as notificações devidamente lidas no Face.

Revitalizadores instantâneos de tecidos, que deixam um perfuminho bom mesmo antes de a lavagem poder ser realizada.

(Bocaditos do muito que açucaram tudo sendo pouco mais de quase nada.)

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