segunda-feira, 25 de outubro de 2021

(L)ira camoniana

Às armas e aos ladrões degenerados
Que, nas esquinas desta terra insana,
Os lares nunca dantes tão marcados
Marcaram, muito além da dor humana,
Em cobiças e guerras empenhados,
Mais do que prometia a selva urbana,
E entre gente inocente provocaram
Desesperos que nem se imaginaram;

E também às riquezas tenebrosas
Daqueles reis que foram devastando
A paz, a vida, as terras preciosas
Do povo escravizado a seu comando;
E àqueles que por tramas ardilosas
Se vão de corretivos esquivando:
Cantando mandarei rancor que farte,
Por não poder mandar todos pra Marte.

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