domingo, 31 de janeiro de 2021

O verão no Rio é


Uma colônia de férias no Vesúvio. Um show de heavy metal no centro duma supernova. Uma piscina olímpica de chocolate em borbulhas. Uma quitinete nas caldeiras do Titanic. Uma festa januária com 8.695.428 fogueiras. Um cenário que bota Mad Max parecendo o Alasca.

Um cruzeiro de vinte dias por Mordor. Uma reportagem de campo sobre a explosão de Krypton. Uma visita guiada ao núcleo da Terra. Uma colherada de sopa subatômica cozinhada por íons de chumbo. Uma aula de lambaeróbica no Saara. Uma coreografia do Stomp no estômago dum dragão.

Um chazinho com gengibre às bordas do Kilauea. Um ofurô de 24 horas em Timbuktu. Um edredom sobre um motor de ônibus ao meio-dia – na Avenida Brasil. Uma lareira no refeitório do Hades. Uma final de Libertadores em estádio de lava líquida. Um trampo com maçarico na tardinha de Dubai.

Uma degustação de pimentas em Mustafar. Um drinque de magma com especiarias em Vênus. Um piquenique na Gruta dos Cristais de Naica. Uma navegadinha no quinto círculo do Inferno de Dante. Uma corrida de revezamento numa metalúrgica. Uma excursão de torcida organizada ao exoplaneta Kepler.

Um beijo de amor em adamantium fundido (eu disse funnnnndido). Uma velejada no lago ácido da Etiópia. Uma pool party num gêiser da Islândia. Uma pole dance na chaminé do apocalipse. Um camarote VIP para o incêndio de Roma. Um churrasco na laje do Sauron. Uma rodada de chimarrão em Júpiter.

Um tchibum na meiuca da Nebulosa Roseta. Uma hidromassagem no coração do Etna. Um expediente perpétuo de soprador de vidro. Um visto de residência permanente na sauna do fim do mundo. Uma valsa eterna num palco em chamas. Um acampamento no eixo da combustão.

Um banhinho de imersão em caldo verde fumegante. Uma casa de praia numa gigante azul de Órion. Uma hospedagem no miolo da fusão nuclear. Uma sessão de crossfit no Kalahari. Um estábulo de 18 mil mulas sem cabeça. Uma febre cáustica sem pausa, sem folga, sem hora.

Várias brasas, mora.

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